segunda-feira, agosto 30, 2004

Eis a questão...

Sábado, durante um churrasco regado a muita cerva, ou seja, o lugar ideal para se filosofar sobre a relação homem-mulher, surge o seguinte assunto:

Por que será que os homens levam toco quando usam de toda aquela "finesse" e puxam os cabelos das mulheres ao vê-las passarem na boite (isso quando não conseguem agarrar seus antebraços e puxá-las mui "delicadamente")??

Vou partir da premissa de que realmente os homens se surpreendem e não sabem o porquê de tamanha indignação. Lá vai.

A moçoila se prepara para ir à boite. Sua intenção é ouvir música de boa qualidade. Não interessa. Sua intenção é dançar até suar em bicas. Não interessa. Sua intenção é só sair de casa e ver gente. Não interessa. Sua intenção é paquerar ou beijar muito na boca. Não interessa!

Seja qual for a intenção da moçoila, duas coisas são importantes:

- Sim, ela vai se arrumar toda, independentemente da sua intenção. Vai se vestir com esmero, caprichar na maquiagem e vai dar MUITA, mas MUITA atenção para o cabelo.

Longo ou curto, liso ou crespo, loiras, morenas, ruivas, negras, todas. Escovinha, Chapinha, Baby Liss, Mega Hair ou mesmo um simples cabelo-lavado-num-rabo-de-cavalo.

O cabelo de uma mulher é como se fosse sua base, sua muleta ou sua arma. Mulher não sai na rua com o cabelo de qualquer jeito, no way! Uma mulher descabelada é uma mulher desestruturada.

- Caso vocês não tenham um calendário à mão, estamos no dia 30 de agosto do ano de 2004. 2004, ouviram bem? Foi-se o tempo em que desfilávamos na frente dos homens esperando sermos atingidas por um golpe de tacape e arrastadas pelos cabelos até o motel, ops, caverna mais próxima.

Naquela época não se sabia falar. Nenhuma palavrinha, nada. Nem "boa noite", nem "como vai", "qual o seu nome", etc. Não tinha shampoos no mercado, nem alisamento japonês, nem tratamentos capilares que custam uma fortuna. Vai ver por isso as mulheres não esquentavam muito a cabeça. Mas que deviam ficar carecas logo cedo, sem dúvida.

Imaginem então o que sofremos quando vamos a uma boite, show ou qualquer outro lugar muvucado, onde a paquera rola solta, tanto quanto o álcool e a má educação.

Sinceramente os homens acham que, nos puxando pelos cabelos, com aquelas mãos que Deus-sabe-onde estavam anteriormente, vamos nos virar, fitar aquele homem das cavernas com olhar lânguido de desejo e nos jogar em seus braços?

No mínimo vamos ignorar e acelerar o passo pra fugir dos tentáculos que agarraram nossas cabeleiras. Mas podemos também proferir expressões simpáticas como "me larga imbecil" ou "sem contato físico, idiota". Jogar um copo de cerveja no "simpático" também pode acontecer ou ainda um belo pisão com aquele salto 12, de acrílico.

Mais ainda. Podemos contar para nossos namorados que vocês estragaram o penteado que ele ficou 40 minutos esperando a gente terminar antes de sair de casa. Uia!

Mesmo que nada disso aconteça, as chances de vocês nos conquistarem no "primeiro puxão" são tão mínimas que a Mega-Sena é uma aposta melhor.

Ah! E nos chamar de piranha, vagabunda ou baranga, depois de levar um toco nessa situação costuma funcionar muito...

Mais alguma pergunta?


"Acho que aquela gatinha tá me dando mole..."

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