segunda-feira, junho 13, 2005

Dexa vê si eu intendi!

Cena: uma mulher de camisetinha. Malhadinha, pode dar tchau sem passar vexame, cabelos sedosos, pele de porcelana. Em uma cozinha rústica, tendo ao fundo um cenário bucólico, prepara uns quitutes, embalada por uma suave brisa, que agita seus já citados sedosos cabelos.

Pega um vidro do que parecem ser palmitos. A tampa oferece alguma resistência, mas a moça logra abri-la com relativa facilidade.

De repente, ela pára. Devolve a tampa ao vidro e, com um voz rouca e envolvente, dirige-se ao guapo rapaz que trabalha em seu notebook.

"Rô, abre para mim?"

E ele, em toda a sua superioridade masculina, retira a tampa com um olhar magnânimo.

E a frase final: "Ser independente, sem deixar de ser mulher".

Das muitas uma: eu não entendi a profundidade psicosociológica do comercial; minha visão de mulher independente está um pouco equivocada; a peça publicitária é ridícula; a amargura se instalou de vez no meu coração; ainda não sou cínica o suficiente...

Kika, explica aí, amiga...

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