quinta-feira, maio 19, 2005

Estranhas criaturas

Hoje vamos falar sobre o resultado do cruzamento entre o homem e o saquinho que conserva alimentos: o Homem Ziploc.

Seu habitat abrange várias regiões urbanas, mas é encontrado com mais facilidade em locais onde abundam amigos e cerveja.

Até os 30 anos, fica em estado semivegetativo, ocasionado, na maioria das vezes, por uma insegurança causada pelos tocos levados no decorrer da vida. Por um desses fenômenos inexplicáveis da natureza, esse espécime encontra uma fulana desvairada que dá a entender que ele é uma pessoa interessante e tale e coisa. E o indivíduo acredita...

A partir daí, desenvolve uma segurança artificial, que gera comportamentos estranhos, marcados por piadas sem graça, gargalhadas exageradas, olhares de esguelha e uma forma de caminhar sui generis.

No entanto, a lembrança do tempo de encasulamento promove um comportamento ímpar: ele acredita que precisa "armazenar" mulheres para o caso de outra época de vacas magras. Coloca-as, mesmo que à revelia e algumas vezes até mesmo sem o conhecimento das ditas, em saquinhos plásticos, registrando com etiquetas as suas utilidades: "BOA PARA DIAS DE CHUVA", "PARA LEVAR AO BARZINHO", "PARA RESTAURANTES FINOS", "SÓ PARA TRANSAR".

Esse tipo sofre de amnésia seletiva: esquece tudo que possa causar algum embaraço ou desmentir qualquer dos seus "causos".

Pesquisadores investigam a possibilidade de haver também alguns genes de lavadoras de beira de rio nas células do Homem Ziploc. É impressionante a capacidade que ele tem de "torcer" os fatos e de se auto-"ensaboar"...

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