sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Mais uma do papagaio

Ontem, debaixo de uma chuva bonita de dar gosto, fizemos uma mesa-redonda de mulézinha. Fabíola, Sheilinha, Vânia, Bel e eu.

Deu-se que, em um estado qualquer dos estaites, um casal de namorados que compartilhava o mesmo teto possuía como bichinho de estimação um papagaio. O mocinho achava até legal ter o animal, pois viajava muito a serviço e, assim, a namorada teria pelo menos uma companhia.

Mal sabia o moço que companhia era o que não faltava para a namorada. Tinha um, em especial, que se chamava Gary.

Pois bem, um belo dia, o namorado volta de uma daquelas constantes viagens e resolve matar as saudades a sua amada. Vão para o ninho de amor e abrem os trabalhos. Lá pelas tantas, embalado pela trilha sonora dos gemidos e gritos vindos do quarto, o papagaio desanda a falar, querendo fazer dueto:

- Oh, yes, Gary. Oh, yes, Gary...

Desnecessário dizer que o pau comeu na casa de noca...

Comentários das proeminentes estudiosas do comportamento humano:

- Eu negava até a morte!

- Eu dizia que era o nome do namorado da vizinha!

- Só admitia se o papagaio dissesse o número da identidade do Gary!

- Eu dizia que estava assistindo ao canal 51, morrendo de saudades dele! Daí o papagaio acabou decorando umas frases...

É isso aí, meu povo. Só porque essa raça usa creme importado, lava os cabelos todos os dias, usa sabonete líquido com aloe vera para lavar as calçolas no chuveiro, pinta as unhas e besunta o corpo de monange, só por isso você acha que essa raça vale alguma coisa? Mulher num presta!