segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A eterna guerra dos sexos

O relacionamento entre o homem e a mulher é uma eterna guerra dos sexos. E é mesmo, descarada. Vivemos competindo. Em tudo. E mesmo quando não estamos nos relacionando, ainda assim, competimos. Quer ver?

Hoje eu encontrei um antigo namorado no shopping. Antigo mesmo, de uns 12 anos atrás. Namoramos um certo tempo e eu terminei com ele pra ficar com outro, pelo qual achava estar loucamente apaixonada. Tinha 19 anos na época.

Depois que me dei mal com o novo namorado, nos reencontramos e resolvemos sair de novo. Saímos, foi péssimo e ele me dispensou. Beleza, bem-feito.

Depois disso, nunca mais nos falamos. Eu o vi umas 3 ou 4 vezes durante todos esses anos, passando na rua, no shopping ou num barzinho qualquer. Não sei porque, hoje, quando o vi passando por mim, resolvi chamá-lo.

Vi que ele ficou surpreso, mas contente. Começamos a conversar. A conversa ia bem até que começamos a falar sobre nossas vidas. Ele também está casado, com um filho de sete anos. Eu estou casada pela segunda vez e sem filhos. Pronto.

Ele queria me convencer, sutilmente, de que estava melhor do que eu, porque ele tinha um filho e estava casado com a mesma mulher há sete anos. Eu tentando explicar pra ele que não era muito chegada na idéia de ser mãe, que minha vida está ótima sem crianças por perto e que o fato de ser casada pela segunda vez não fazia de mim um fracasso em termos de relacionamento.

Estávamos competindo pra ver quem estava melhor sem o outro.

De vez em quando eu escorrego e faço umas dessas... Ridículo, não?

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O Príncipe e a Perereca

Tudo bem, ela é feia*.

Tudo bem, ela é mais velha.

Tudo bem, a ex era elegante de chorar.

Tudo bem, ela não vai poder ser majestade.

No meio de tudo isso, recuso-me a acreditar que as pessoas que levantam bandeiras contra a supervalorização da aparência estejam achando isso tudo um absurdo. Afinal, não era isso que queríamos ver? Um amor de verdade, que vence as regras sociais e reais, que supera o tempo, que se fortalece.

Tudo bem que é meio nojento, mas até hoje ninguém quis ser o meu Tampax. Tenho que tirar o chapéu para essa mulher, apesar de achar que, para agradar "àquele" príncipe, não deve ser necessário ser uma expert... será que ela chupa umbigo pelo avesso?

Well... vou separar o meu vestido de brocado e, no dia do casamento, vou fazer um brinde em nome do amor de verdade, do dia em que o príncipe beijou a perereca. Ela continuou perereca, mas ele pensou: "Humpf, e daí?".



*Vamos combinar que ele não fica atrás...

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Na praia, todas as bundas são... bundas

Estive na praia nas minhas férias. Mas especificamente em Cabo Frio. Linda praia. Adorei.

Aproveitei a oportunidade para fazer uma observação de campo. Não há lugar melhor para comprovar a tese da supervalorização da beleza plástica do que em uma praia, onde as pessoas andam quase peladas.

Fiquei olhando grupos de homens e de mulheres, grupos mistos, grupos indefinidos e cheguei às seguintes conclusões:

1) Nada mais democrático do que a celulite. Não escolhe idade, peso, raça, credo, cor de cabelo;

2) Vive mais feliz quem sofre de surdez seletiva. Quem dá ouvidos às críticas ferinas dos outros corre o risco de nunca conseguir entrar na praia de costas para a areia. Tem que entrar tipo caranguejo. E de canga;

3) Moda só existe na televisão e nas revistas. Na prática, vai o que dá mais conforto, dane-se se o culote fica evidente, ou se o decote não favorece seios fartos;

4) Homens, por favor, não usem sunguinhas cavadas. Sei que existem pessoas más no mundo, mas nem todas merecem esse castigo;

5) Pessoas que levam cachorros para praias muito freqüentadas deviam ser presas;

6) Agora, o mais importante:

Existem dietas mirabolantes. Exercícios puxados, novas modalidades de ginástica nas academias. Pílulas milagrosas. Cirurgias salvadoras.

Mas, na real, apenas duas "substâncias" funcionam 100%: ser feliz e amar.

Vi corpos perfeitos abraçados, como se estivessem em meio a um naufrágio, a corpos muito mal-acabados. Altos com baixos, magros com gordos, negros com brancos, lindos com feios, mais-ou-menos com mais-ou-menos... e todos estavam felizes. E muitos estavam com tesão. Por outros corpos portadores de barriguinha, estrias, celulites, culotes, flacidez...

Resumo: o pior é ter celulite no cérebro... aí, não há drenagem que resolva...